Eu, que tenho que me sentar à frente em altura de exames por causa do meu primeiro nome (que não existe para nada que não para me colocar sempre nos primeiros das turmas, não é fácil ser eu, digo-vos), fico ali colada à secretária dos vigilantes e sou vítima do barulho da converseta constante, enquanto estou a tentar concentrar-se em ler as perguntas que, por sinal, não ajudam nada, à custa do Português que eles usam e que não se percebe. A pergunta "descreva uma batata" acaba por se tornar num "identifique e explicite, sucintamente, as características corpóreas de Solanum tuberosum, planta perene da família das solanáceas".