Sim, porque aquilo dá trabalho. Envolve toda uma panóplia de estratégias e movimentos corporais que, bem treinadinhos, são coisa para tirar o ar a qualquer moça que se apresente. Ele é o franzir do sobrolho, mas sem esquecer de deixar as sobrancelhas levemente erguidas, para dar aquele ar de estou-mesmo-muito-confuso-e-surpreendido-quase-até-chocado; ele é o bocadinho do boxer Império Armando a ver-se acima das calças (também não é preciso muito porque aquilo anda sempre nos joelhos), porque homem que é homem mostra bem de que roupa interior se abastece ali na Feira de São Mateus; ele é o brinquinho diamante e o gelzinho no cabelo, extra forte, para dar numa de acordei-agora-mesmo-e-vejam-só-como-estou-lindo; ele é as mangas cavas, para mostrar os músculos de quem, claramente, só treina os braços e para mostrar a tatuagem a dizer "Princesa", com o focinho da cadela estampado mesmo acima; ah, e nada de esquecer a locomoção dos gaiatos, que isso é coisa para me deixar a questionar se se lesionaram a sério, ou se aquele ligeiro arrastar do pé foi uma trombose. Enfim, temos sempre tanto a aprender sobre charme.
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